A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia já discute o parecer final, feito pelo senador e relator da comissão Renan Calheiros (MDB-AL). No documento, o parlamentar pede o indiciamento de 66 pessoas e entre os nomes citados está o do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), dos filhos dele, além de ministros, empresários e médicos.
Para ser aprovado na semana que vem, o documento precisa receber o apoio da maioria dos membros (ou seis votos). A CPI é composta por 11 senadores titulares (com direito a voto), entre os quais o relator, sendo sete de oposição ao governo Bolsonaro ou independentes. Quatro fazem parte da base governista.
Após a deliberação do plenário da comissão, as sugestões do relator serão encaminhadas aos órgãos de fiscalização e controle, sobretudo ao MPF (Ministério Público Federal), por meio da PGR (Procuradoria-Geral da República); e o Ministério Público dos estados (com foco no Distrito Federal e em São Paulo, onde já existem investigações em andamento).
No âmbito empresarial, duas empresas também tiveram o pedido de indiciamento por possíveis crimes praticados no decorrer da pandemia do novo coronavírus.
Leia o relatório AQUI.
Confira cada indiciamento
- Jair Bolsonaro – presidente da República – epidemia com resultado morte, infração de medida sanitária preventiva, charlatanismo, incitação ao crime, falsificação de documento particular, emprego irregular de verbas públicas, prevaricação; crimes contra a humanidade, nas modalidades extermínio, perseguição e outros atos desumanos; e crimes de responsabilidade
- Eduardo Pazuello – ex-ministro da Saúde – homicídio qualificado, epidemia, emprego irregular de verbas públicas, prevaricação, comunicação falsa de crime, genocídio de indígenas e crime contra a humanidade
- Marcelo Queiroga – ministro da Saúde – epidemia culposa com resultado morte, prevaricação
- Onyx Lorenzoni – ex-ministro da Cidadania e ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência – incitação ao crime, genocídio de indígenas
- Ernesto Araújo – ex-ministro das Relações Exteriores – epidemia culposa com resultado morte, incitação ao crime
- Wagner Rosário – ministro-chefe da Controladoria Geral da União– prevaricação
- Élcio Franco – ex-secretário executivo do Ministério da Saúde – homicídio qualificado, epidemia e improbidade administrativa
- Mayra Pinheiro – secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde – epidemia culposa com resultado morte, prevaricação e crime contra a humanidade
- Roberto Dias – ex-diretor de logística do ministério da Saúde – corrupção passiva, formação de organização criminosa, improbidade administrativa
- Cristiano Carvalho – representante da Davati no Brasil – estelionato previdenciário e corrupção ativa
- Luiz Paulo Dominghetti – eepresentante da Davati no Brasil – corrupção ativa
- Rafael Francisco Carmo Alves – intermediador da Davati – corrupção ativa
- José Odilon Júnior – intermediador nas tratativas da Davati – corrupção ativa
- Marcelo Blanco da Costa – ex-assessor do Ministério da Saúde e intermediador da Davati – corrupção ativa
- Emanuela Medrades – diretora-Executiva da Precisa Medicamentos – falsidade ideológica, uso de documento falso e fraude processual, formação de organização criminosa e improbidade administrativa
- Túlio Silveira – consultor jurídico da empresa Precisa – falsidade ideológica, uso de documento falso e improbidade administrativa
- Airton Soligo – ex-assessor especial do Ministério da Saúde – usurpação de função pública
- Francisco Maximiano – sócio da Precisa Medicamentos – falsidade ideológica, uso de documento falso, fraude processual, fraude em contrato, formação de organização criminosa e improbidade administrativa
- Danilo Trento – sócio da empresa Primarcial e diretor de relações institucionais da Precisa – fraude em contrato, formação de organização criminosa e improbidade administrativa
- Marcos Tolentino da Silva – advogado e sócio oculto da empresa Fib Bank – fraude em contrato, formação de organização criminosa e improbidade administrativa
- Ricardo Barros – deputado federal e líder do governo na Câmara – incitação ao crime, advocacia administrativa, formação de organização criminosa e improbidade administrativa
- Flávio Bolsonaro – senador – advocacia administrativa, incitação ao crime e improbidade administrativa
- Eduardo Bolsonaro – deputado federal – incitação ao crime
- Bia Kicis – deputada federal – incitação ao crime
- Carla Zambelli – Deputada Federal – Incitação ao crime
- Carlos Bolsonaro – vereador da cidade do Rio de Janeiro – incitação ao crime
- Osmar Terra – deputado federal – epidemia culposa com resultado morte e incitação ao crime
- Fábio Wajngarten – ex-chefe da Secom do governo federal – prevaricação e advocacia administrativa
- Nise Yamaguchi – médica participante do chamado gabinete paralelo – epidemia culposa com resultado morte
- Arthur Weintraub – ex-assessor da Presidência da República – epidemia culposa com resultado morte
- Carlos Wizard – Empresário e e participante do gabinete paralelo– epidemia culposa com resultado morte e incitação ao crime
- Paolo Zanotto – biólogo e e participante do gabinete paralelo – epidemia culposa com resultado morte
- Luciano Azevedo – médico e e participante do gabinete paralelo – epidemia culposa com resultado morte
- Mauro Luiz de Brito Ribeiro – presidente do Conselho Federal de Medicina – epidemia culposa com resultado morte
- Walter Braga Netto – ministro da Defesa e ex-Ministro Chefe da Casa Civil – epidemia culposa com resultado morte
- Allan dos Santos – dono do site Terça Livre – incitação ao crime
- Paulo Enéas – editor do site bolsonarista Crítica Nacional –incitação ao crime
- Luciano Hang – empresário suspeito de disseminar fake News – incitação ao crime
- Otávio Fakhoury – empresário suspeito de disseminar fake News– incitação ao crime
- Bernanrdo Küster – diretor do Jornal Brasil Sem Medo – incitação ao crime
- Oswaldo Eustáquio – jornalista suspeito de disseminar fake News– incitação ao crime
- Richards Pozzer – artista gráfico suspeito de disseminar fake News – incitação ao crime
- Leandro Ruschel – jornalista suspeito de disseminar fake News – incitação ao crime
- Carlos Jordy – deputado federal – incitação ao crime
- Filipe Martins – assessor especial para Assuntos Internacionais do Presidente da República – incitação ao crime
- Tércio Arnaud Tomaz – assessor especial da Presidência da República – incitação ao crime
- Roberto Goidanich – ex-presidente da Funag – incitação ao crime
- Roberto Jefferson – político suspeito de disseminar fake News – incitação ao crime
- Raimundo Nonato Brasil – sócio da empresa VTCLog – corrupção ativa e improbidade administrativa
- Andreia da Silva Lima – diretora-executiva da empresa VTCLog – corrupção ativa e improbidade administrativa
- Carlos Alberto de Sá – sócio da empresa VTCLog – corrupção ativa e improbidade administrativa
- Teresa Cristina Reis de Sá – sócio da empresa VTCLog – corrupção ativa e improbidade administrativa
- José Ricardo Santana – ex-secretário da Anvisa – formação de organização criminosa
- Marconny Albernaz de Faria – lobista – formação de organização criminosa
- Daniella de Aguiar Moereira da Silva – médica da Prevent Senior – homicídio qualificado
- Pedro Benedito Batista Júnior – diretor-executivo da Prevent Senior – perigo para a vida ou saúde de outrem, omissão de notificação de doença, falsidade ideológica e crime contra a humanidade
- Paola Werneck – médica da Prevent Senior – perigo para a vida ou saúde de outrem
- Carla Guerra – médica da Prevent Senior – perigo para a vida ou saúde de outrem e crime contra a humanidade
- Rodrigo Esper – médico da Prevent Senior – perigo para a vida ou saúde de outrem e crime contra a humanidade
- Fernando Oikawa – médico da Prevent Senior – perigo para a vida ou saúde de outrem e crime contra a humanidade
- Daniel Garrido Baena – médico da Prevent Senior – falsidade ideológica
- João Paulo F. Barros – médico da Prevent Senior – falsidade ideológica
- Fernanda Igarashi – médica da Prevent Senior – falsidade ideológica
- Fernando Parrillo – dono da Prevent Senior – perigo para a vida ou saúde de outrem, omissão de notificação de doença, falsidade ideológica e crime contra a humanidade
- Eduardo Parrillo – dono da Prevent Senior – perigo para a vida ou saúde de outrem, omissão de notificação de doença, falsidade ideológica e crime contra a humanidade
- Flávio Adsuara Cadegiani – médico que fez estudo com proxalutamida – crime contra a humanidade
- Precisa Medicamentos – ato lesivo à administração pública
- VTCLog – ato lesivo à administração pública
Fonte: Blog do Mário Adolfo