A movimentação de clientes em flutuantes de Manaus ficou abaixo do esperado na primeira semana de reabertura. Para proprietários, isso acontece porque a flexibilização do governo não permite que as pessoas tomem banho no rio, já que eles devem funcionar na modalidade restaurante, e não para recreação.
O Governo do Amazonas autorizou a reabertura de flutuantes desde segunda-feira (16), mas apenas para aqueles que tenham como atividade principal o negócio de restaurante. O funcionamento total estava proibido desde setembro, quando o estado voltou a ter alta de casos de Covid-19.
Até este sábado (21), o estado registrava mais de 4,7 mil mortes pela Covid-19, e mais de 173 mil infectados. Segundo a Fiocruz Amazônia, o estado vivencia uma tendência de estabilidade em casos e internações.
De acordo com o gerente do Centro Turístico Praia Dourada (Tarumã, Zona Oeste), Nelson Marinho, o período em que os flutuantes estiveram fechados foi difícil para donos e funcionários, por ficarem sem renda. No local, funcionam quatro flutuantes.
Após a reabertura ser autorizada, a oportunidade de voltar a funcionar chegou, mas com restrições impostas pela pandemia. Nos flutuantes, além do uso obrigatório de máscara e distanciamento social, também não é permitido que clientes tomem banho no rio.
“Este é o primeiro fim de semana que estamos abrindo após o decreto. Boa parte do público, quando fica sabendo que não pode ir para o rio, voltam. Não ficam. Ainda mais quando vem com crianças que querem se divertir, ficar de molho e tudo mais. A gente está sentindo essa dificuldade”, disse Marinho.
O G1 entrou em contato com o Governo do Amazonas para esclarecer o motivo da proibição de banhos, mas ainda não obteve retorno.
No fim da manhã deste domingo (22), o empresário Maxuel Rodrigues, de 33 anos, decidiu ir para um dos flutuantes da Praia Dourada, com parentes. Quando chegaram ao local, foram informados pelos funcionários que não está permitida a entrada dos clientes no rio.
“No primeiro momento, eu soube que os flutuantes tinham sido liberados. Eu não me atentei para a parte de que não podia entrar na água. Parece que a Covid-19 está dentro da água. Achei algo meio sem nexo. Isso prejudica o passeio em família em que as crianças não podem se divertir”, lamentou o empresário.
Apesar do cenário, o gerente do Centro Turístico afirmou que “a insistência é a marca de todo empresário”, para que o seu empreendimento possa voltar a funcionar normalmente e que o cenário da pandemia no estado possa diminuir.
Fonte: Portal G1 AM