Servidora idealiza projeto pioneiro em farmácia pública no AM

A farmacêutica da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Susi Chagas, que possui uma doença rara, conhecida como ossos de vidro, foi responsável direta pela implementação das melhorias da Farmácia Hospitalar do Instituto de Saúde da Criança do Amazonas (ICAM), ao idealizar o projeto pioneiro de manipulação de medicamentos.

A farmacêutica, que trabalha há 13 anos no ICAM, afirma que não se sente limitada por ser uma Pessoa com Deficiência (PcD) e que sempre procurou levar a vida de forma natural, com as dificuldades e facilidades que existem na trajetória de qualquer ser humano.

Com mestrado em Química de Produtos Naturais, Susi relata que deixou de ser empresária e se apaixonou pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ao ingressar no serviço público.

A farmacêutica ressalta que tem o apoio da direção da unidade para a atuação no setor, que proporcionou a ela espaço para executar os projetos e que não a limitou profissionalmente por ser uma pessoa com deficiência física.

Susi explica que a unidade faz a formulação de mais de 50 xaropes e pomadas, gerando economia, diminuindo o desperdício de insumos e aumentando a segurança na manipulação dos medicamentos.

“Esse sistema de dispensação de dose unitária, aqui no Brasil, só 1% dos hospitais, entre públicos e privados, adota. Mas essa é uma prática mais do que comum nos Estados Unidos e na Europa desde a década de 60”, explicou a profissional.

Desde a implantação do plano de dose unitária e manipulação de fórmulas farmacêuticas, o ICAM conseguiu gerar uma economia de, aproximadamente R$ 37 mil por ano, de acordo com a SES. A unidade passou a ser referência infantil para casos de Covid-19 no estado.

Fonte: G1 AM